Prática de exercícios causa alterações moleculares no corpo

A relação entre exercícios físicos e alterações moleculares foi o foco do estudo publicado pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em maio de 2020. De acordo com a pesquisa, quase 10 mil moléculas são modificadas durante e após a prática de atividade física.

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Foram verificados os níveis de 17.662 moléculas diferentes e em 9.815 delas houve alteração depois dos exercícios. De acordo com os pesquisadores, as mudanças são uma sequência de processos biológicos envolvendo metabolismo energético, inflamação, estresse oxidativo, reparação de tecidos, caminhos regulatórios e resposta do fator de crescimento.

O estudo sobre as alterações moleculares foi realizado em 36 homens e mulheres entre 40 e 75 anos, com perfis diferentes de saúde metabólica e condicionamento físico. Todos os participantes foram submetidos a um teste de resistência na esteira com aumento progressivo da intensidade até atingir a exaustão, o que ocorreu com 10 minutos de exercício. 

Logo após a série de exercícios, marcados de recuperação de tecido, inflamação e de estresse oxidativo aumentaram e as amostras de sangue mostraram que o organismo estava sintetizando certos aminoácidos para ter energia. Mais amostras de sangue foram recolhidas após 2,15,30 e 60 minutos.

Efeitos das alterações moleculares no cérebro e no coração

Segundo o estudo, depois da atividade física, o cérebro liberou uma proteína que age no desenvolvimento e fisiologia do sistema nervoso central – a BDNF – afetando de forma positiva o raciocínio, a saúde mental, o aprendizado e equilibrando a disponibilidade dos neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que estão diretamente ligadas às emoções.

O aumento da circulação e da frequência cardíaca durante o treino requer uma adaptação dos vasos sanguíneos, causando a liberação de substâncias que ajudam a regularizar a pressão arterial. 

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